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GÊNEROS LITERÁRIOS


PROSA

Por tratar-se de temas definidos por vários literatos, necessário foi pesquisar diversos autores. O ponto convergente das definições procurei trazê-las, de modo claro, compreensível até para um estudante de primeiro grau. Falarei, primeiramente sobre a Prosa. Esta é a maneira em que nos expressamos diariamente. Ela é objetiva, obedece à razão que a ordena e equilibra simultaneamente com a sensibilidade.
Usa a metáfora prosaíca. A linguagem da prosa retrata, descreve, narra, fixa os aspectos históricos, visíveis, sujeitos à observação de todos – é linguagem denotativa. A linguagem adquire logicidade e ritmo próprio que a aproxima da linguagem filosófica.
A prosa é a expressão do " não-eu", do objeto, segundo Massaud Moisés. Quem escreve pensa e sente dirigindo-se para fora de si próprio, procurando seu núcleo de interesse na realidade exterior.
A prosa literária se desenvolveu com o Romantismo, a partir do século XVIII. Temos, na prosa, o conto, o romance, a novela, a fábula, o apólogo, a anedota etc.
A prosa representativa abrange o teatro, com suas manifestações: tragédia, comédia, farsa, mistério, milagre etc.
Na prosa expositiva há a crítica, a história, a carta, o ensaio, etc.


O Conto


A palavra "conto" veio do grego Kontos; do latim contu.
Para Soares Amora, o conto é breve simples narrativa, é mais antigo e comum na história das literaturas, que as longas narrativas. Foi cultivado pelos árabes, na Europa Ocidental, na Espanha, na Itália, na França, na Rússia e outros países.
Tornou-se gênero narrativo bastante estimado.
É narrativa pouco extensa, concisa, devendo contar unidade dramática, concentrando-se a ação num único ponto de intesse.
O conto deve ter um só conflito, uma só ação. Deve ser narrado em terceira pessoa e ter epílogo surpreendente, boa trama linear. O diálogo é imprescindível no conto. E deve ter objetividade de ação, de lugar e de tempo.

A crônica

Do latim Chronica . Para Aurélio Buarque de Holanda, crônica é a narraçãp histórica ou registro de fatos comuns feitos por ordem cronológica. Em suma, é um pequeno conto de enredo indeterminado. O estilo é coloquial, versando sobre acontecimentos reais, fatos ou idéias da atualidade, de teor artístico, político, esportivo etc ou relativos à vida quotidiana. A posição do cronista deve ser tal, da maneira que não penda para o vulgar, nem para o humor, nem para a filosofia. Muitas revistas, no passado, tornaram-se conhecidas por suas crônicas impecáveis. Nos jornais destes tempos ainda encontramos boas crônicas, cuja temática é variada e bem interessante. A crônica pode atingir a obra de arte, como sucedeu à epístola, a qual precedeu cronologicamente à crônica, em tempos antigos.

Maria Siriani Del Nero
Membro fundador da ASES e da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas literárias de Brasília.


Bibliografia:

Massaud Moisés – A criação literária
Antonio Soares Amora - Teoria da Literatura
Aurélio Buarque de Holanda- Dicionário da Língua Portuguesa
José Paulo Paes e Massaud Moisés – Pequeno Dicionário da Literatura Brasileira.
Sergio Milliet – De ontem, de hoje e de sempre.





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