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ESCRITORES


Candida Maria de Lima Papini


MULHER


(...) "a mulher é uma promessa de Deus aos homens
e uma promessa da humanidade a Deus".
(Pe. Kentenich)


Do ponto de vista do "dicionário", segundo a definição do Michaelis, mulher é feminino de homem; é esposa; é um termo usado por oposição à senhora ou dama, entre outros.
E homem é definido como "ser humano em geral, um mamífero bípede, dotado de inteligência e linguagem articulada. É um indivíduo da espécie humana".
E a mulher ? Não se encaixa nas descrições acima? Não é um mamífero bípede, dotado de inteligência?
Pelas sutis diferenças de significados apresentadas pelo dicionário, podemos deduzir que a mulher apenas "está contida" no homem. Ou ela o "contém"? Onde está? Qual o seu lugar?
Questões difíceis ou intransponíveis? Que nada! Ambos são faces da mesma moeda.
A mulher é, não por definição, mas na prática, um ser total, único, livre, detentora de uma força interior ilimitada, entre outros atributos.
Fisicamente, foi compensada por formas harmoniosas e delicadas, refletindo sua intrínseca beleza.
Do mais profundo de seu ser, emana o dom da vida, concebida que foi como responsável pela perpetuação da espécie. Quer função mais agraciada? Santuário vivo que abriga e forma outro ser. Por isso, dotada de predicados intransferíveis.
É o aconchego de todas as horas, a disponibilidade que a leva ao encontro com o outro. É a suavidade frente à aspereza do viver. É alma, é luz, é a mantenedora. É o verdadeiro amor, desprendido de si, no altruísmo que lhe permite abrir-se para o acolhimento pleno. É o estímulo de entrelaçamento de corações junto à prole, procurando, de todos os meios, manter os vínculos. É o gás que reacende a chama de cada um à sua volta.
Ah! Não descobrimos ainda onde ela está?
Está onde há qualquer manifestação de vida. Está principalmente ao lado do homem e, essencialmente, em seu coração, pois é o combustível de suas forças.
É quem o espera a cada minuto. É quem se perfuma de corpo e alma e enfeita seu ninho para recebê-lo, ao anoitecer. É quem lhe abre as portas do coração-lar, dizendo-lhe:
- Seja bem-vindo, meu amado! Entre! A casa é nossa!
Enfim, ela é, em grau máximo, a doação do ser mulher, companheira, mãe, amiga – formas sutis do amor personificado, de que só ela é capaz.







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