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ESCRITORES


 


JORGE FREGADOLLI

 


Paulista de Quatá, Jorge Fregadolli nasceu em 2.3.1938, filho de José-Palmyra Adelaide Bóro Fregadolli. Chegou a Maringá em 1.2.1953, ainda estudante.
Casado com Irene da Freiria Fregadolli, 3 filhas, 4 netos.
Formação acadêmica: Direito (UEM), 1974; técnico em transações imobiliárias, 1974; publicitário, 1973; jornalista, desde 1965; técnico em contabilidade, 1961.
Foi professor primário em Maringá, 1955-1958; bancário, 1958/1967, agente publicitário na Folha do Norte do Paraná, 1967/1979; na Folha de Maringá, 1979/1981; em O DIÁRIO do Norte do Paraná, desde 1981.
Membro-fundador da Academia de Letras de Maringá e da UBT-seção Maringá, rotariano há 40 anos, autor do livro “De Olho na História”.
Editor-fundador da Revista TRADIÇÃO, em Maringá, desde 1981.
Hobby: futebol, que praticou durante 55 anos.



O MASCATE
 
Mal acabara o sol de despontar,
enevoada friagem na estrada,
mais doída era fazer a caminhada,
preciso era, porém, só continuar.

Primeiro povoado e da capela
chamado dos sinos à oração.
Bate com ardor, da moça, o coração,
vendo, longe, o mascate da janela.

 Vai correr a notícia, ele já sabe
e a alegria no peito já não cabe,
– bons negócios com tantas novidades...

Viagem de dias, lucro é a certeza,
nas malas traz, de bom, tudo de mesa,
da morena, o sorriso e mais saudades.




João-de-barro, engenheiro da floresta

Feliz é o João-de-barro,

constrói em qualquer lugar.
Ninguém, pois, lhe tira o sarro,
não lhe vai incomodar!

João-de-barro é engenheiro,
doutor pela natureza. Porém,
trabalha o ano inteiro...
sua casa, que beleza!

Um passarinho de nada
faz as casas em paineira.
Não tem diploma, que nada,
neste palco ele gorjeia!

João-de-barro, inteligente,
nem estudou – quem diria!
É arquiteto, docente,
um mestre em engenharia!

Não tem medo, se o tivesse,
não faria belo ninho. Deus,
ouvindo sua prece...
joão-de-barro, passarinho!




Trovas de Jorge Fregadolli

Esta revista é pequena,
penso que tem seu valor.
Pois afirmo com certeza:
é feita com muito amor!

Dê vida ao seu dia-a-dia,
dedicando-se ao labor.
Trabalho gera alegria,
quando feito com amor!

Chove-chove, chuva amiga,
é bênção à plantação.
Multiplica o fruto, a espiga,
dá mais vida e força ao chão!

No Rotary ou no lar,
pratique sempre algum bem.
Não deixe o tempo passar
pra viver feliz também.

Sem amor e sem carinho
vive o homem a lamentar.
E deixa o calor do ninho,
prá buscar n'outro lugar.

o desabrochar da flor
encanta a mãe natureza.
Pois exala suave olor,
com as cores e beleza.

Bendito o irmão, que na roça
puxa a enxada e planta o grão.
Tirando da terra a nossa
diária alimentação!

Borboleta beijoqueira
dá beijos em cada flor.
Voando solta, fagueira,
vai fecundar seu amor.

- Que tamanho tem o mundo?
- Contém tudo, é o universo.
São seus sonhos mais profundos!
Ele está em cada verso.

O homem nasce, cresce, morre,
pois deixa o mundo, a ilusão.
O que ninguém esquece:
seu caráter, retidão.


ROTARY

Tal qual a primavera perfumada
quis o ROTARY, da terra nascer.
Traz no servir o gosto e no prazer,
abraçar o mundo de madrugada.

Dia e noite. noite e dia, estão presentes,
são milhões, duzentos mil associados.
A pólio da terra ficou ausente,
em duzentos países, sem semente.

Ser rotariano é cumprir seu dever,
na cidade ou no campo, onde for.
É servir e amar ao próximo, sempre,

levando, na garupa um coração,
nos braços a bandeira da união,
com a prece de um poeta, dolente.



 
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