Desamor

 

Essa ânsia que devora e que maltrata
É uma força que impulsiona e que consome,
Ao mesmo tempo que dá vida, aos poucos mata
Como um câncer que corrói a própria fome.

Essa ânsia é uma força comprimida
A explodir num repente inesperado,
Com sabor de morte é símbolo da vida
Com cheiro de amor é símbolo de pecado.

Essa ânsia não é amor, é incerteza,
Amor é devoção sublime, clareza
Luz que emana de seu próprio reflexo.

Essa ânsia que deprime e que tortura
Que não se sacia, seca de ternura,
É desamor, desilusão, é puro sexo.