O Silêncio da Saudade

 

O silêncio amigo
Esse, eu trago preso
Acuado, comigo,
Protegido, ileso
Num canto escuro
No fundo do peito.

O sonho antigo
Ah! Esse eu guardo aceso
Queimando como brasa
Sob as cinzas do desejo,
Do derradeiro
E solitário leito

O sofrimento,
Esse... criou raízes,
Profundos traumas,
Desenganos, cicatrizes,
Como manchas impregnadas
Nas paredes de minh’alma.

A saudade,
Ah!... essa eu vejo a toda hora,
Qual fantasma errante,
Envolta em esperanças,
Vagando pela casa
A reviver lembranças.