CARNAVAL HOMENAGEM

          (AOS FÃS DOS "MAMONAS ASSASSINAS")
Ano em que os Mamonas se foram...

          O carnaval passou. "Levou parte do sonho, o amor-criança, a lembrança agradável das horas de "folia" , feitas da mais pura alegria...
          Mas não levou a alegria contagiante de um grupo de jovens que se vestiram de CH (Chapolim) em homenagem ao grupo mais "fora de série" (portanto curioso), desta década - "Os mamonas Assassinas", que assim se intitularam para, em sua característica irreverência, reverenciar os Abóboras Selvagens.
          E hoje, muitas horas depois do batuque final antes das cinzas, repensar que o carnaval de 1995 disseminou com grande alegria a inspiração de um Bloco Jovem Carnavalesco formado por garotas e rapazes de 14 a 17 anos, que se apresentou nas noites e matinês do Clube de Campo de Bragança Paulista (uma festa que primou pela organização, segurança e alegria saudável!), é repensar também a proposta-modelo de alegria e humor da mais contagiante e debochada banda jovem de nossos dias - o quinteto Dinho, Julio, Samuel, Bento e Sérgio - " Os Mamonas Assassinas", modelo que inspirou muitos jovens, durante os seis meses em que estiveram em nosso meio, com seus cantos e maneirismos divertidos.
          Fica aqui as saudades e parabéns ao Bloco do Chapolim que, com vistas a serem os primeiros na conquista da premiação oferecida, estes jovens buscaram, segundo o desafio lançado já na noite de abertura do carnaval, reproduzir, a partir de suas fantasias, o "tema e a dança da hora dos mamonas assassinos da tristeza". Na tentativa de registrar uma palavra de consolo busco a lembrança das frases poéticas e sábias da moçada que não foi somente desta hora, mas que tem tudo a ver com o infinito, pois Ser jovem é buscar diariamente o infinito...
          ..."Vamo lá, subir a serra, mostrar que além do teu cabelo, também a tua cara e a tua coragem são da hora , acreditar que a vida está sempre de portas abertas, prá mó de a gente se amar e se fortalecer, "pelados", livres, desafiando os "tira-e-põe da vida, totalmente beautiful, nadando com graça, como as baleias fogem da caça, tu podes, não tens que disfarçar, no ser ou não ser da questão, seres um ser humano fantástico, com poderes titânicos, que entra na ginástica, abre sempre a mente, remexe a toda hora nos fusíveis da tua própria máquina, enfrenta a dor - faca de dois legumes, que melhor do que não querer a hora em que fostes deixado, é fortificante pensar que sempre "nós somos dois, eu feijão, você arroz", alimento básico prá qualquer depois...
          Aos integrantes do Bloco Chapolim, de 1995, que rasgaram a fantasia no sábado, expondo-se à apreciação e julgamento de todos os jurados e foliões, recompondo-a apressadamente para o desfile da segunda, e, que no melhor de sua animação, buscaram a "subida ao palco", distribuíram suas partes - "antenas e martelos", juntaram-se identificadamente aos fantasiados "piratas" (a estes um justo destaque) e, mantendo o esforço na auto-reanimação e animação do próximo Carnaval do CCB, lembrem-se que, se perdemos em espetáculo, ganhamos na reprodução da autêntica alegria, fiéis ao modelo de sua inspiração.
          E, busquem não se esquecer de que, em sua faixa etária , além do potencial natural da euforia, é muito dinâmico e salutar perseguir o compromisso com o vencer - planejamento essencial para se manter distante a inércia e a indisciplina.
          E, no adeus da alegria, que todo jovem orgulhosamente erga sua bandeira e tire seu chapéu, como um autêntico "mamona" e, novamente na permissão da lembrança: viver não é essencialmente vencer exibindo majestoso espetáculo, satisfação inegável à nossa criatividade visual, "rasgar o coração" para se mostrar fiel à identificação, faz parte do potencial jovem e humano, porém é sábio pensar que "as cinzas aparecem, somente se nos permitirmos apagar o fogo interno da determinação, da humildade no aprendizado, da generosidade na partilha!...
          Can't you understando, boys? lt's all! Halleluia, Mamonas!...