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ESCRITORES


Nilton Bustamante

Escritor e poeta. Nascido em São Paulo, Brasil.

Em setembro de 1998, foi "descoberto" pelo escritor Ryoki Inoue (1050 livros editados – inscrito no Guinness Book Internacional), do qual recebeu o convite para lançar seu primeiro livro: "Retorno"

(coletânea de contos) pela Editora Vertente. Este livro valeu-lhe os parabéns do Sr. Arnaldo Niskier, então Presidente da Academia Brasileira de Letras.

Lançou ainda "É Tempo de se Apaixonar" (coletânea de prosa poética); "O Canto do Silêncio" (nas versões novela e para teatro, tendo o perdão como a temática) e "Antes que Minha Boca se Cale" (coletânea

de prosa, contos e poemas).

Em 2012…

No “Salon du Livre Paris”, lançou em noite de autógrafos, o livro “Le Chant Du Silence” (Tradução para o idioma francês do “O Canto do Silêncio”), pela editora: Yvelinedition e distribuição: Pollen Diffusion.

Foi laureado pelas academias: “Academie du Mérite et Dévouement Français” e “Société Académique des Arts, Sciences et Lettres”, ambas de Paris.

Na sequência, lançou o poético livro “Gabbeh, Tramas de Amor”. E, pela editora Polobooks, o livro “Manolo Otero, por Manolo” (sobre as vivências do saudoso e um dos maiores cantores espanhóis de todos

os tempos. Biografia autorizada).

Em 2015…

Lança o livro “As Lições que Vieram dos Sonhos”,  Sinapis Editores, Portugal.

email:
nilton.bustamante@superig.com.br

Mais sobre o autor:
http://www.saladepoetas.thenet.eti.br/sites/saladepoetas/nilton.htm



NOITE DE AUTÓGRAFOS II


Lygia Fagundes Telles

Percebi que muitos foram os lugares pelo mundo que ganharam suas pisadas de quem admira, de quem foge, de quem quer ser diferente noutro lugar diferente, de quem tem encontros certos, de quem está perdido...
Lendo agora, aos quarenta - que bom que está sendo nesta fase - sua obra A Disciplina do Amor, noto que suas pegadas inquietas também marcaram meu universo.
Presto atenção nos delineamentos que ficaram expostos ao tempo e no tempo. Após a chuva, os espelhos d’água nessas formas metamorfoseiam seus fragmentos, suas nuanças, tão inspiradoras, tão provocadoras, tão silenciosas quanto o "aperto demorado contra o peito do ser amado, no código secreto da noite, ao passar dos navios que se comunicam quando se cruzam no mar com perfume âmbar vindos dos elevadores da Tunísia".
Neste reflexo, vejo-me seguindo as suas pegadas como um caçador determinado e confiante espreitando o invisível que, logo após, a matéria se fazendo presente, se perde em tudo acelerado...
Baterei continência?
Minha mão sobre o peito segurará o coração?
As palavras engatilhadas tomarão o alvo?
Não! Uma vez mais, não!
O silêncio é mais prudente; a moita que acoberta a covardia parece-me agora a melhor morada.
Seja piedosa. Não me devore, pois posso ser indigesto.
Não vale a pena... In dubio pro reo.





(volta)