ÍNDICE     


ESCRITORES


Leonilda Yvonneti Spina


Natural de Bragança Paulista - SP.
Formou-se professora pelo Instituto de Educação "Dr. Cásper Líbero".
Foi professora da Escola Comercial "Prof. Francisco D'Áuria" (Instituto Educacional Bragantino), desde sua fundação. Assumiu a direção desse educandário por quatro anos.
É advogada, formada pela Faculdade Estadual de Direito de Londrina, hoje UEL. Exerce sua profissão até os dias atuais.
Já no curso primário sentiu entusiasmo pela arte poética. Começou a declamar nessa época, e aos treze anos compôs as primeiras poesias.
Durante muitos anos colaborou com poesias e crônicas em todos os jornais da cidade.
Manteve por muito tempo no Bragança-Jornal a coluna "Minha Terra, Minha Gente", onde homenageava pessoas de expressão de Bragança Paulista.
Reside em Londrina-PR, desde 1964.
Atuou na Rádio Alvorada, apresentando o programa "Chá das Cinco".
Pioneira da TV Coroados, integrou a equipe de declamadores do programa "Os versos mais lindos", participou de tele-teatro e foi apresentadora dos programas "Conte com a moda" e "Sinhá-Moça Boutique" durante os anos de 1964 a 1966.
É titular da cadeira n.° 04 da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina.
Foi designada declamadora oficial dessa Academia. Declama assiduamente em eventos culturais em Londrina e região.
Pertence à U.B.T. (União Brasileira de Trovadores), Elos Clube de Londrina, filiado ao Elos Internacional da Comunidade Lusíada e Coral da Universidade Estadual de Londrina.
Participou de inúmeras coletâneas e publicou 04 livros de poesias: Folhas de Outono/95, Girassóis/98, Rosa-dos-Ventos/2002 e Veredas da Alma/2005.
Em setembro/96 foi agraciada com Cartão de Prata concedido pela Câmara Municipal de Bragança Paulista e em setembro/2004 recebeu o título de Comendadora, outorgado pela Prefeitura deste Município.
Foi homenageada como Patronesse do VIII Concurso de Poesias patrocinado pela ASES em 2007.


leonildaspina@sercomtel.com.br


Flor-lembrança

Uma flor seca
num livro de romance
traz num relance
um sonho que passou...
Desbotada embora,
não perde seu sentido.
É testemunha calada
de um momento vivido.
Alegre ou triste não importa,
nem tudo ao tempo resiste.
Mas ela insiste
em ali permanecer,
ilustrando o lema:
"recordar é viver"...
As lembranças
que nos povoam o coração
e as flores secas são iguais.
Embora um pouco fenecidas,
não desaparecem jamais.
Basta folhear o livro da vida
para encontrarmos
uma flor-lembrança
entre as páginas esquecida!


VEM...

Vem...
Mas não tragas o pó de outras andanças.
Não me despertes mortas esperanças.
Vem desarmado, solto, livre
como pássaro, romântico trovador.
Traze-me tua voz, teu canto, teu calor.

Vem fatigado, descansar em novos prados.
Vem faminto, desprotegido, em busca de afeto.
Mas traze em tua mochila punhados de sonhos,
nos lábios o mel que me adoçará o riso,
nos braços a quentura de muitos sóis,
nos olhos a chama de mil velas.

Vem...
E me olha me toca me abraça.
Ansioso me enlaça, faze-me estremecer.

Vem...
E te entrega por inteiro, no fluir das horas.
Não te inquietes, não te preocupes em ir embora.
Vive o agora, o momento que breve passa...

Ou então... Não venhas!
Que não te quero parte, metade.
Não te quero migalha...
Quero um amor... de verdade!



(volta)