ÍNDICE
ESCRITORES
Cláudia Lemos de Moraes
Nascida na cidade de Socorro, Estado de São Paulo.
Membro Efetivo da ASES – Associação de Escritores de Bragança Paulista e Diretora Adjunta de Secretaria na mesma Associação.
Licenciada
em Pedagogia e Administração Escolar pela Faculdade de Ciência e Letras
“Plínio Augusto do Amaral”, na cidade de Amparo, Estado de São Paulo,
com habilitação específica em Didática, Psicologia e Filosofia ligadas
à Educação.
Licenciada em Letras pela UNIP – Universidade Paulista.
Participante das seguintes Antologias:
- I Livro de Estudantes Autores de Amparo – Academia Amparense de Letras – 1981.
- II Livro de Estudantes Autores de Amparo - Academia Amparense de Letras - 1982
- Brasil Literário – Crisális Editora – Rio de Janeiro – 1983.
- Caderno de Poesia – Prefeitura Municipal de Socorro – São Paulo – 2004.
- Melhores Poemas de 2007 – APEM – Associação de Poetas e Escritores de Marília – São Paulo.
- Microcontos? Pronto! Coletânea feita com amigos poetas – Gráfica Barletta – Bragança Paulista – São Paulo.
- Amizade em Prosa & Verso – Edições Alba – 2007 - Varginha – Minas Gerais.
- Quarta Antologia Poética Alba – Edições Alba – 2008 - Varginha – Minas Gerais.
- Brasileiros em Prosa & Verso – Edições Alba – Apoio da AVLAC – Varginha – Minas Gerais – 2008.
Vencedora de vários concursos literários - alguns deles, em primeiro lugar.
Trilha
Retomo o passo, inconsistente estrada. Entre tropeços e pedras estima-se a chegada. Mil sóis se vão entre os desvãos do nada. Tudo é turvo na distância que em miragens se avizinha. O suor embebe os olhos e o cansaço me definha. A alma sorve o sonho aplacando um tanto a sede. Sons e sombras rapineiras, silvos, serpentes rasteiras. Roo os ossos guardados, de antepassados presentes. Retomo o passo, cansada, mas sobrevivo á estrada.
O Poema é de Todos
Um poema, se fere ou encanta,
se traz à face risos ou lágrimas,
é de quem o alcança com alma,
com vontade, ou de quem,
simplesmente, o encontra.
Um poema, na verdade, se adapta.
Nem pomba, nem gavião.
Camaleão de boca escancarada
a jorrar palavras tantas.
Abandona, assim, a pena,
o papel, e foge do poeta,
que deve ter sempre por meta
lançá-lo no universo das mentes.
Um poema é de quem o sente,
um poema é de quem o lê.
Ah! Princesa.
Entre sonhos e esperas
eu ergui o meu castelo.
Todo enfeitado com flores,
tudo de bom e de belo.
Debruçei-me na janela e
esperei pelo meu príncipe,
encaneci meus cabelos,
roí unhas, perdi zelos.
Fui ficando esquecida,
fui ficando ressequida e
enfraquecida de esmeros.
A minha trança comprida
cortei e fui-me deitar.
Cerrei os olhos, cansada,
e morri sem ser beijada...
Sem saber o que é amar.
Domínio e Entrega
Porque vieste entre o domínio e a entrega,
eu não contive o despertar dos sonhos.
Encarcerei meus sagrados demônios,
e libertei meus anjos profanos.
Quando chegaste a sorrir de longe,
vieram flores em tempo de estio,
como se tudo fosse primavera
a espantar a solidão e o frio.
Nas tuas mãos havia tantas chaves,
e no meu corpo, trancas a esconder-me nua,
que ao abri-las te fizeste meu,
e ao rompê-las me fizeste tua.
(volta)
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